Estética do morro

O dia-a-dia do subúrbio é narrado por personagens como o gigolô, o “papa-frango”, as meninas de chapinha. Drogas e celulares sem crédito não escapam à pena do controverso João do Morro.

JULIO DE PAULA 21/04/10 15:45 - Atualizado em 21/04/10 15:45

Ele estreou na bateria-mirim da escola de samba do bairro, o Morro da Conceição, Recife. Cronista local, suas músicas começaram a se espalhar por rádios comunitárias e pelo mercado do CD pirata. Compositor há mais de uma década, por volta de 2008 ganhou espaços além-periferia. “Ele é preto, pobre, do morro e faz ‘pagode’. Tem quem goste, tem quem não goste”, diz Bruno Pedrosa, DJ e produtor pernambucano.

Melodias simples com texto direto escondem o segredo. O sucesso popular instantâneo tem a ver com raízes. Das brincadeiras de rua, da tradição das canções ingênuas, da “swingueira” (assim define o autor seu samba/pagode/afoxé).  O dia-a-dia do subúrbio é narrado por personagens como o gigolô, o “papa-frango”, as meninas de chapinha. Drogas e celulares sem crédito não escapam à pena do controverso João do Morro.

O fenômeno está na rede e nas ruas do Recife. Pronto pra ganhar o mundo. Bruno Pedrosa é responsável pelo remix que disponibilizamos aqui. “O cara está em tudo que é lugar, da carrocinha de CD pirata à pista de dança com meu remix, na progaganda de loteria na TV, em tudo que é palco, popular e granfino. Está bombando”, diz Pedrosa.

João do Morro é João arrasta-multidão. 

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