Aldeias Sonoras

Serie de 40 programas traz a voz e o pensamento indígena nas ondas do rádio. Dirigida e apresentada por Angela Pappiani.

Da redação 20/09/12 17:30 - Atualizado em 20/09/12 17:30

Ritual do povo Tremembé. Ao lado, desenho ilustra parte da história de \"Watapé e a Estrela\" (foto:Helio Nobre / desenho: Azevedo Xavante)

Aldeias Sonoras é uma série de 40 programas de rádio com 10 minutos de duração que leva os ouvintes para uma viagem pelas aldeias do Brasil, para um contato direto com os povos indígenas, com seu pensamento e realidade, abrindo espaço para que esses povos se apresentem, com sua voz, história, narrativa e músicas.

A série propõe um mergulho num tempo imemorial, no ritual que transforma, na poesia das narrativas tradicionais, no humor e na gentileza, na arquitetura, nos adornos, na música e nas cerimônias. Uma viagem sonora para aldeias de todo o país e também de outros lugares do mundo como o Japão, a Nova Zelândia e a Noruega onde também ainda vivem povos indígenas.

Os programas trazem informações, depoimentos, entrevistas e narrativas. A música tradicional está presente em todos os programas, revelando a diversidade cultural dos povos indígenas de nosso país e de outros cantos do mundo, a complexidade de harmonias, melodias, instrumentos e cantos que alegram as cerimônias e fazem a comunicação com os espíritos.

[ ]  Programação

07 de maio - Os povos indígenas de hoje
O primeiro programa da série traz informações gerais sobre as populações indígenas do país e sobre a relação desses povos com a nação brasileira. O entrevistado é Ailton Krenak, importante líder indígena, que há quase 30 anos trabalha pelo reconhecimento dos direitos dos povos indígenas de nosso país.  Por esse trabalho, Ailton ganhou vários prêmios internacionais e continua com um importante papel de articulação com as comunidades indígenas e instâncias do governo para assuntos relacionados aos povos indígenas. Esta edição traz músicas dos povos Krenak e Mehinaku.


14 de maio - Quantos e ondes estão os povos indígenas brasileiros
Para trazer informações objetivas sobre as populações indígenas do Brasil convidamos para este segundo programa a jovem Inimá Krenak. Ela pertence a uma nova geração de indígenas que estão cursando universidades, participando dos movimentos políticos e fazendo uso das novas tecnologias sem se afastarem de suas tradições, contribuindo com novos conhecimentos para a defesa dos direitos dos povos indígenas. A edição traz músicas dos povos Krenak, Guarani e Pankararu.
 


21 de maio - O contato
O terceiro programa da série Aldeias Sonoras traz o tema do contato entre os povos indígenas e os colonizadores ou com as frentes de atração do Governo brasileiro que chegam a suas terras. Um relato comovente de Sereburã Xavante traz a visão indígena dos primeiros aviões que sobrevoaram a aldeia Xavante no final da década de 1940, trazendo medo e morte. A mesma situação é vivida por povos indígenas há mais de 500 anos e o jovem Gasodá, liderança do povo Suruí – Paiter, de Rondônia, relata os primeiros contatos com os brancos vividos por seu povo na década de 1970 e as conseqüências desses desencontros. No programa, músicas dos povos Xavante e Suruí.
 


28 de maio - História do Wapté e a Estrela
Uma das propostas do projeto Aldeias Sonoras é trazer, alem de informações, entrevistas e depoimentos de pessoas indígenas, um pouco das histórias e das narrativas tradicionais desses povos. Para começar nossa viagem pelas histórias indígenas trazemos a história do Wapté e da Estrela. Esta é uma história tradicional do povo Xavante que relata a aventura de um jovem que se apaixona por uma estrela e sobe para o céu onde vai viver com sua amada. A narração é de Cristiana Ceschi e a história está publicada no livro “Wamrémê Za’ra – Nossa Palavra, Mito e História do Povo Xavante”, (editora Senac SP / 1998). No programa, música do povo Xavante.
 


04 de junho - Educação indígena
“Os brancos desenham suas palavras porque seu pensamento é cheio de esquecimento.” Dessa forma, o grande líder do povo Yanomami, Davi Kopenawa, fala da importância da educação das crianças de seu povo. Para os Yanomami, como para a grande maioria dos povos indígenas, a transmissão do conhecimento milenar se dá no dia a dia, na convivência entre as pessoas da aldeia, na experiência com a natureza, nas cerimônias e nos rituais, no contato com o mundo espiritual. Essa é a grande escola da vida que prepara os homens e mulheres que vão dar continuidade à tradição milenar de seu povo.


11 de junho - Cecis
É difícil imaginar que a maior cidade da América do sul, a grande metrópole de São Paulo, ainda abriga dentro de seu perímetro urbano quatro aldeias do povo Guarani. Nessas aldeias, o povo Guarani permanece vivendo dentro de sua cultura, falando sua língua materna e preservando seus rituais, apesar da grande dificuldade que é viver sem a presença da natureza. Como garantir que elas tenham acesso às técnicas tradicionais de fazer o artesanato se já não há matéria prima em torno da aldeia?  Como manter a tradição oral, as histórias que passam de geração a geração se a televisão, o rádio, os jogos eletrônicos chegam à aldeia? A partir de 2001, a Secretaria de Educação do Município acolheu a proposta dos Guarani e a ideia dos Centros de Educação e Cultura Indígena – os CECIs.


18 de junho - Rio + 20 - Marcos Terena
Como os povos indígenas do Brasil se organizaram para estar presentes na Rio +20 - Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. O que buscam, quais são suas expectativas, o que trazem para compartilhar nesse espaço? Aldeias Sonoras  vai acompanhar essa presença indígena na Rio +20 e trazer o pensamento e a voz de lideranças indígenas em nosso programa. Para começar, conversamos com Marcos Terena, idealizador da Kari Oca. Músicas do povo Maxakali.
 


15 de junho - Rio + 20 - Fernanda Kaingang
O programa Aldeias Sonoras continua acompanhando a  Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. No programa de hoje, a advogada indígena Fernanda Kaingang nos fala sobre a mobilização das comunidades e lideranças, os desafios e as expectativas indígenas para a conferencia. Músicas do povo Assurini.
 


02 de julho - Escolas Guarani
Entrevistas com professores das escolas Estaduais que funcionam nas aldeias Guarani do Krukutu, Tenondé Porã e Jaraguá. Osmar, Olívio e Márcia falam sobre a realidade dessas escolas, o currículo, a questão do idioma materno e do uso do português, sobre o perfil e as expectativas dos alunos e sobre as dificuldades em relação à burocracia e à sociedade brasileira que não conhece e não respeita a diversidade cultural.

 
09 de julho - Musical Nordeste
A música dos povos indígenas que vivem nos estados do Nordeste. Desde o começo da colonização do Brasil as pequenas vilas foram criadas justamente nos aldeamentos, onde as missões religiosas atraiam as populações indígenas para a catequese e para o trabalho. A miscigenação era incentivada assim como o abandono da cultura tradicional. Esses povos eram proibidos de falar sua língua materna e de praticar seus rituais e aceitavam essa condição para poderem sobreviver. Dessa forma, as cidades foram crescendo sobre as aldeias e o povo indígena desaparecendo. Alguns grupos conseguiram permanecer unidos em torno de suas crenças e valores, fugindo dos centros mais povoados ou encontrando formas de conviver com a sociedade envolvente. Nas últimas décadas muitas dessas comunidades começaram a se firmar e se organizar. Música e informações dos povos Pankararu, Krikati, Xoxó, Pataxó, Fulni-ô e Gavião.


16 de julho - História Bororo
“Bacurau sobre pro céu” é uma história tradicional do povo Bororo, que vive no sudoeste do Estado do Mato Grosso em várias terras indígenas demarcadas. Essa história foi narrada por um sábio muito importante do povo Bororo chamado Kanajó e editada e ilustrada por Ciça Fitipaldi na década de 80, dentro da coleção Morená, da Editora Melhoramentos. Cristiana Ceschi narra a história, iluminada pela música do povo Bororo.
 

 
23 de julho - Universitários Indígenas
Não existem estatísticas sobre o número de estudantes indígenas nas universidades do país. Até o final da década de 1990 eram poucos os jovens que se aventuravam a prestar vestibular por conta própria e ingressar em cursos superiores. Apesar das cotas para estudantes indígenas que começaram a surgir a partir do começo de década de 2000 são muitos os obstáculos a serem superados pelos jovens e pelas comunidades. Neste programa os depoimentos de Osmar Veríssimo Guarani,  Maitê Karajá, Olívio Jekupé e Amaré  Krahô Kanela nos revelam as dificuldades e desafios enfrentados por esses jovens. Músicas do povo Kanela.
 

 
30 de julho - O povo Karajá
O povo Karajá se autodenomina Iny, gente verdadeira. Os Karajá são o povo das águas. Surgiram de dentro do Rio Araguaia e se instalaram nas praias da ilha do Bananal, onde vivem até hoje, buscando preservar sua cultura e a natureza, vital para sua existência. Neste programa, Waxio Karajá, da aldeia Fontoura, fala sobre seu povo, sua cultura e sua trajetória como profissional da área de saúde. No programa músicas do povo Karajá/ Iny.
 

 
06 de agosto - Pensamento Yanomami
Davi Kopenawa Yanomami é um dos lideres indígenas mais importantes de nosso país. Sua luta incansável pela demarcação do território Yanomami, pela expulsão dos garimpeiros e pelos direitos de seu povo é conhecida dentro e fora do Brasil. Davi é um dos poucos brasileiros a ganhar o prêmio Global 500, da ONU e outros importantes prêmios que reconhecem sua luta e importância. Além de seu papel como embaixador do povo Yanomami, Davi é também um Xabori, um xamã formado dentro da tradição de seu povo. Nas cerimônias do Xabori, os pajés usam a yekuana, um poderoso pó, assoprado diretamente no nariz dos iniciados e que lhes permite entrar em contato com o mundo dos espíritos e conhecer o que está além da realidade material. Nesta edição, vamos ouvir na voz de Marcos Nazaré uma fala de Davi Yanomami que foi traduzida do idioma yanomami pelo antropólogo Bruce Albert que trabalha há décadas com esse povo.
 

 
13 de agosto - Jóty, O Tamanduá
A história do Tamanduá Jóty é uma narrativa tradicional do povo Kaingang escrita e ilustrada em livro por Wãngri Kaingang, em parceria com Maurício Negro. Neste programa, Cristiana Ceschi narra a história do tamanduá que ensinou a arte da música e da dança para o povo Kaingang. Músicas dos povos Tukano e Krikati.
 


20 de agosto - Wãngri Kaingang
Neste programa, uma entrevista com Wãngri Kaingang. Artista plástica, escritora, estudante de Ciências Biológicas na Universidade de Passo Fundo, Wãngri vive na aldeia Serrinha, no Rio Grande do Sul, onde desenvolve um importante trabalho de valorização e recuperação da cultura de seu povo. Músicas do povo Tapirapé.
 


27 de agosto - Sérgio Tembé
Sérgio Muti Tembé é uma liderança combativa e muito importante para seu povo. Ele vive na Terra Indígena Alto Rio Guamá, no norte do Pará, com uma população de cerca de 1400 pessoas. Um território de muitos conflitos. Sérgio fala sobre a questão do território, da preservação das florestas e da educação indígena em sua área. No programa, músicas do povo Wapixana.


03 de setembro - Divino Xavante
Uma conversa com Divino Tesereté, do povo Xavante, um dos videomakers mais produtivos e premiados do país. Ele fala de sua trajetória e aprendizado, da importância do vídeo para a documentação das culturas indígenas, ajudando a proteger e valorizar o conhecimento tradicional. Músicas do povo Xavante.


10 de setembro - Piracumã
Piracumã Yawalapiti é um importante e combativo líder da região do Alto Xingu. Ele nos fala da importância da preservação da lingua materna, do papel da escola dentro da aldeia e das ameaças  que  rondam o Parque Indígena do Xingu, como as hidrelétricas e barragens.


17 de setembro - A linguagem dos pássaros - História Kamaiurá
A aventura da aldeia dos pássaros para vencer Avatsiu e assim recuperar suas linguagens. A linguagem dos pássaros é uma história tradicional do povo Kamaiurá, do Alto Xingu, editada pela Melhoramentos na série Morená, com texto e ilustração de Ciça Fitipaldi, aqui adaptada e narrada por Cristiana Ceschi. Músicas dos povos Mehinaku, Gavião e Waiana Apalaí.


24 de setembro - Ailton Krenak na Rio +20
Presença importante em diversos eventos durante a realização da Rio+20, falando ao lado de personalidades nacionais e internacionais. Sua visão crítica sobre as relações entre governos e corporações, sobre o conceito de sustentabilidade e o papel das instituições são temas deste programa que tem músicas do povo Krenak e Assurini.


01 de outubro - Povo Ashaninka na Rio +20
Depoimentos dos irmãos Moisés e Benke, do povo Ashaninka, parceiros comprometidos com uma importante missão: a luta para a manutenção da cultura e dos conhecimentos tradicionais do povo Ashaninka, pela preservação e valorização da floresta e da vida . O povo Ashaninka vive no Brasil, no Estado do Acre, e do outro lado da fronteira, no Peru. Músicas do povo Ashaninka.
 


08 de outubro - Osmar Bororo
Conversa com Osmar Bororo que vive na aldeia do Meruri, no Mato Grosso. Ele nos fala sobre a presença da missão Salesiana no território Bororo, sobre a situação de saúde e sobre os projetos de resgate da cultura de seu povo. Músicas dos povos Bororo e Nambikuara.
 


15 de outubro - Neusa Bororo
Grande conhecedora e mantenedora da cultura  de seu povo. Neuza Bororo nasceu e cresceu na aldeia Perigara, no Mato Grosso e aprendeu tudo que sabe com sua mãe, sua avó e seus tios. Agora passa esse conhecimento para as novas gerações. Neuza fala o português com dificuldade mas compartilha conosco sua grande sabedoria. Músicas dos povos Bororo e Wayapy.
 


22 de outubro - História Karajá
Tainá, a Estrela Amante é uma história original do povo Karajá, que se auto denomina Iny. Tainá é a estrela que desce à terra a pedido de uma  jovem apaixonada e vive entre os Karajá ensinando a esse povo a arte de cultivar roças até regressar para o céu com toda sua família e ali se fixar como uma constelação. Foi colhida, escrita  e ilustrada por Ciça Fitipaldi e aqui aparece numa versão de Cristiana Ceschi. Músicas do povo Nambikuara e Karajá.
 


29 de outubro - Cristine Maxakali
Cristine é mestiça, filha de pai Maxakali e mãe não indígena. Hoje ela vive na aldeia Guarani Ribeirão Silveira, em Bertioga, casada com um jovem líder Guarani. Ela fala de sua trajetória como estudante de filosofia, como militante do movimento indígena e do esforço para trazer o pensamento e o conhecimento tradicional indígena para dentro da academia. Músicas do povo Maxakali.
 


05 de novembro - Aldeia Xavate 1
Aldeias Sonoras visita a aldeia Etenhiritipá, do povo Xavante, no Mato Grosso. Neste primeiro programa temos o depoimento de Paulo Supretraprã Xavante falando das estratégias de seu povo para conquistar seus direitos e melhorar as relações com os não indígenas. Músicas do povo Xavante.
 


12 de novembro - Aldeia Xavate 2
Aldeias Sonoras continua na aldeia Etenhiritipá e traz depoimentos de vários jovens Xavante falando da sua tradição e dos desafios dos novos tempos. No programa, músicas do povo Xavante.


19 de novembro - Biraci Brasil Yawanawá
Depoimento de Biraci Brasil, um importante líder do povo Yawanawá, do Estado do Acre, que fala de sua trajetória pessoal e das conquistas de seu povo. Os Yawanawá foram escravos dos seringalistas no início do século 20, quase perderam sua lingua e cultura sob o domínio de missões religiosas e deram uma virada na década de 90, recuperando seu território e tradição. Músicas do povo Yawanawá.
 


26 de novembro - Elizeu Kaiowá
Elizeu é um importante líder do Povo Guarani Kaiowá. Em sua luta pelos direitos de seu povo, ele foi processado pelos fazendeiros, ameaçado de morte, escapou de tiros em algumas emboscadas e não pode voltar a aldeia, onde deixou sua família. Elizeu fala da questão da terra no Mato Grosso do Sul e da luta de seu povo. Músicas do povo Kaiowá.
 

  • Elizeu Kaiowá


03 de dezembro - 
Povo Rikibatsa
O povo Rikbatsa vive no noroeste do Estado do Mato Grosso em três áreas indígenas, com uma população de cerca de 2 mil pessoas. Os Rikbatsa vêm enfrentando nestes últimos anos grandes mudanças em suas vidas. Uma influência cada vez maior de um modo de vida muito diferente do tradicional. Fernando e o Alcides Rikbatsa falam sobre essa nova realidade e a preocupação de seu  povo com o presente e  o futuro. Músicas do povo Sateré Mawé.
 


10 de dezembro - Dário Yanomami

Dário Yanomami  segue os passos de seu pai, o grande líder Davi Kopenawa, na luta pelos direitos de seu povo. Apesar do território Yanomami estar demarcado desde a década de 1990, milhares de garimpeiros  continuam invadindo a área, o atendimento de saúde nunca foi tão precário e a questão da educação ainda é um grande desafio. Músicas do povo Yanomami.
 

 
17 de dezembro - História Guarani

Uma História Guarani é o título do livro escrito e ilustrado pela escritora uruguaia Alicia Baladan, e editado pela SM, que o programa Aldeias Sonoras traz na voz de Cristiana Ceschi. Neste relato, um jovem  sai pela floresta em busca de uma teia de aranha perfeita para presentear a sua amada e enfrenta perigos e obstáculos que quase o deixam perdido para sempre. 
No programa, cantos e flautas do povo Guarani.
 


24 de dezembro - Mehinako
A equipe do programa Aldeias Sonoras viajou ao Parque Indígena do Xingu e esteve por 4 dias na aldeia Uiaipiuku, do povo Mehinako, acompanhando o cotidiano da aldeia e conversando com as pessoas sobre sua cultura. Neste primeiro programa da série de documentarios gravados integralmente na aldeia trazemos uma conversa com os lutadores de Huka huka. Músicas do povo Mehinako.

  
31 de dezembro - Mehinako 2
Conversa com professores Iahu e Marcelo, que lecionam na escola bilíngue da aldeia Mehinako. Eles falam sobre a importância da escola, sobre a alfabetização, a valorização da cultura e dos conhecimentos tradicionais e sobre o impacto da chegada de novas tecnologias à aldeia. Músicas do povo Mehinako.

 
7 de janeiro - Mehinako 3
No último programa da série de documentários feitos na aldeia Mehinako, no Parque Indígena do Xingu, conversamos com as mulheres, em volta do fogo, enquanto Kaiti preparava um delicioso beiju e Kumahu  pintava uma oncinha feita em cerâmica. Elas falam sobre as tarefas femininas como o cuidado com a alimentação, a cerâmica, os trançados de rede e esteiras e sobre o casamento. Músicas do povo Mehinako.
 

  • Mehinako 3


14 de janeiro - História dos Criadores
A História dos Wapté Criadores é um dos mitos do povo Xavante, narrados pelos anciãos da aldeia Pimentel Barbosa e publicados no livro Wamrémê Za’ra – Nossa Palavra, Mito e História do Povo Xavante”, pela Editora Senac SP. Trazemos aqui este mito, adaptado e narrado por Cristiana Ceschi. Músicas do povo Xavante.
 


21 de janeiro - Kupi Kaxinawá
Conversa com Antonio José Kupi Kaxinawá,  um artesão que transporta as formas e cores da cultura de seu povo, que se autodenomina Huni Kuin,  para objetos feitos de borracha natural. A técnica de retirar da seringueira o liquido chamado látex e depois fazer objetos emborrachados é muito antiga entre os indígenas do Acre. Hoje, com aperfeiçoamentos tecnológicos, o povo da floresta tem novo incentivo para preservar a floresta e garantir sua renda. No programa, cantos do povo Kaxinawá.


28 de janeiro - Surui Paiter
O povo Suruí se autodenomina Paiter, que significa gente de verdade. Os Paiter vivem no Estado de Rondônia, em 25 aldeias. A população que foi reduzida a 300 pessoas logo após o contato, no início da década de 70, hoje é de cerca de 1500 pessoas. Em 2007, o povo Paiter começou uma parceria com o Google Earth para monitorar seu território. Incorporaram ferramentas como o cellular, o GPS, as imagens via satéllite para proteger seu território, denunciar invasões, recuperar áreas degradadas, valorizar seu conhecimento tradicional e garantir a qualidade de vida das novas gerações. Ouça uma conversa com dois jovens do povo Paiter que trabalham nesse programa de monitoramento do território e ajudaram a construir o mapa cultural do povo Suruí Paiter que pode ser acessado no site www.paiter.org
 


04 de fevereiro - O Sopro Divino
Só os homens e os pássaros têm o dom da palavra. O poder de criar, de transformar a vida através do som. O ar que atravessa o corpo, ganha forma e sentido e se transforma em som, em  palavra, em canto, em musica! É o dom divino da comunicação. Vamos fechar os olhos e deixar o som das flautas nos transportarem para as aldeias deste país. Vamos ouvir e sentir com o coração a linguagem sem fronteiras da música que os humanos criam para se aproximarem dos céus. No programa, flautas dos povos Krikati, Guarani, Wayãpy, Assurini, Tukano, Waiana Apalai, Enawenê Nawê, Terena e Nambikuara.
 

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Ficha técnica

Direção e apresentação: Angela Pappiani
Produção: Maira Krenak e Inimá Lacerda
Operação de áudio: Evandro Lopes
Patrocínio: Net Educação 
Apoio: Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura de São Paulo.
Em 2010 o projeto Aldeias Sonoras foi um dos selecionados pelo Prêmio Roquette-Pinto de incentivo à produção radiofônica, promovido pela Associação das Emissoras de Rádios Públicas do Brasil - ARPUB, com Patrocínio da Petrobras, através da Lei de Incentivo do Ministério da Cultura. Agora o projeto retorna para mais um ano de programas com conteúdo novo, com patrocínio da NET Educação e apoio do Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura de São Paulo.

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