Rugas, por Nuno Ramos
O terceiro e último programa da série, traz um artista plástico (e também compositor) para reler Nelson Cavaquinho – Nuno Ramos, que chegou a se inspirar em Nelson para compor seu trabalho. Acima, à direita, detalhe da obra “Caldas Aulete – Para Nelson 3”, homenagem ao compositor a partir do verso “A nossa vida é tão curta”, do samba “Eu e as flores”.
Nada mais oportuno para o que se propõe: discutir o lugar que ocupa (ou deveria ocupar) a obra do autor de “Rugas”. Este samba, aliás, dá nome a esta edição, que por sua vez, se baseia no ensaio de mesmo título publicado por Nuno na revista “Serrote”. Além de apontar traços universais do criador Nelson Cavaquinho, o artista o coloca entre seus pares e o contextualiza no panorama da música popular. “Extemporâneo”, Nelson figura ao lado do amigo de Mangueira, Cartola. “Nelson e Cartola representam, em estado puro, o amadorismo que morria - afinal quase morreram, mesmo - com sua cota de solidão e esquecimento, tornado forma e canção, em plena era nascente do profissionalismo e da indústria cultural televisiva”, diz.
Anti-tropical, o “nibelungo”, “caboclo albino”, é o equivalente em música ao que representa Oswaldo Goeldi para as artes visuais (acima, à esquerda, a xilogravura “A loucura varre as ruas”).
O último programa da série, conta com a participação especial de Romulo Fróes e Rodrigo Campos, na gravação original do choro “Caminhando”, com letra de Nuno.
Aqui, o filme “Luz negra” (2002) de Nuno Ramos e Eduardo Climachauska.
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