Elis Regina no acervo da Rádio Cultura.

Homenagem pelos 75 anos de seu nascimento. Ouça.

17/03/20 12:08 - Atualizado em 17/03/20 13:22

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Acervo Walter Silva

O radialista Walter Silva, conhecido como Pica-Pau, foi um dos nomes mais importantes do rádio paulista. Divulgou muito a música brasileira. Produziu shows. Produziu discos. Foi líder de audiência no rádio. Na segunda passagem pela Rádio Cultura Brasil, ele comandou nos anos de 2005 e 2006 o Acervo Walter Silva. Série na qual apresentava registros pessoais com personalidades da nossa música. Em 05 de novembro de 2005.

Elis Regina fala de fatos que aconteceram nos bastidores de Montreux, como a história do produtor que ficou de cabelo em pé em razão das vezes que ela teve que voltar ao palco. Elis conta como foi a apresentação com Hermeto Pascoal e conta a história engraçada de um crítico brasileiro que perguntou: o que é que você está fazendo aqui? Você não é cantora de jazz!  E qual foi a resposta de Elis? Ouça.

 

 

 

Biografia

No ano de 2000 a Rádio Cultura Brasil realizou a série Biografia, dedicada a traçar o perfil dos grandes nomes da música brasileira. Em 13 de março daquele ano, foi ao ar o episódio dedicado a Elis Regina.

Palavras da cantora: "de excelentes cantoras o Brasil e o Mundo estão cheios.  A mim não interessa ser uma boa cantora a mais. Quero usar o dom que a mãe natureza me deu para diminuir, com ele, a angústia de alguém.  Essa ideia é que pode dar sentido ao meu trabalho.  E é por isso que cultivo essa ideia com carinho odo dia."

O programa apresenta suas primeiras gravações ("Se você Quiser"), sua passagem pelo Fino da Bossa, o disco antológico gravado com Tom Jobim, o espetáculo “Falso Brilhante” e gravações que estão presentes na memória do público: “O Bêbado e a Equilibrista”, “Ponta de Areia” e “Na Batucada da Vida”.

 

 

 

Memória Popular Brasileira

O radialista gaúcho Wanderlei Cunha apresentou na Rádio Cultura Brasil em 2005 a série Memória Popular Brasileira, na qual apresentava entrevistas feitas por ele na década de 1960. Uma delas foi com Elis Regina, gravada em Porto Alegre.

O programa apresenta uma Elis Regina em momentos muito especiais de sua carreira. Ela não apenas canta os seus primeiros inesquecíveis clássicos de estúdio, como também aqueles exuberantes duetos ao vivo com Jair Rodrigues, diante das plateias excitadas do Fino da Bossa, nos auditórios da TV Record de São Paulo.

Ouvimos igualmente a outra voz de Elis, franca, sincera e sem papas na língua numa entrevista histórica de 1967, que surpreendeu até mesmo seu mais importante biógrafo, o jornalista Julio Maria, que afirmou: “É provavelmente o maior ataque que ela já fez ao movimento do iê-iê-iê. Elis não cita a Jovem Guarda, mas é sobre ela que está falando. Era uma ameaça concreta”.

Elis Regina fala do programa Fino da Bossa; defende Tom Jobim contra a intransigência de críticos que afirmavam que sua música não era brasileira; defende o grupo Beat Boys e fala de seus planos para o futuro. No repertório, “Travessia” (Milton Nascimento / Fernando Brant), “Tempo feliz” (Baden Powell / Vinicius de Moraes) e registros ao vivo do programa “Fino da Bossa da TV Record”.

 

 

 

Supertônica

Julio Maria: Elis acima de qualquer suspeita. Em conversa com Arrigo Barnabé de maio de 2015, o biógrafo passa a limpo algumas histórias e memórias em torno da cantora. O jornalista passou aproximadamente quatro anos a escrever sua biografia. “Foram 135 entrevistas e se eu te falar que 130 pessoas choraram na minha frente em algum momento da entrevista não vou estar mentindo. De fato, chega aquele momento em que, por alegria, por saudade ou por tristeza, as pessoas choram. Do médico que fez o parto dos filhos aos músicos que estiveram com ela, inclusive brigaram com ela. Todos”, diz.

“Minha geração é órfã da Elis”, lembra Arrigo, que fala de uma certa militância da cantora com os novos autores e com o meio cultural de seu tempo. “Ela tinha uma dimensão que você não encontra hoje”, resume.

“Elis quebrou o conceito da própria interpretação – de subir ao palco, interpretar, descer, levar sua vida”, diz Julio Maria. “Elis levava [pra interpretação] a noite anterior, o dia anterior”, conclui.

 

 

 

Estúdio F

Estúdio F é uma série produzida pela Funarte do Rio de Janeiro que a Cultura Brasil transmite desde 2011. Cada episódio destaca um nome da música brasileira. Um deles foi ao ar em 23 de março de 2013. O de Elis Regina.

No repertório, temas que ilustram praticamente toda sua carreira, notadamente a partir de “Arrastão”. Você vai ouvir “Bolero de Satã”, “Canto de Ossanha”, “Menino das laranjas”, “As curvas da estrada de Santos”, “Ponta de areia”, “O que tinha de ser”, “Como nossos pais”, “Sinal fechado”, “O bêbado e a equilibrista”, “Alô, Alô marciano”, “Se eu quiser falar com Deus”, “Tiro ao Álvaro” e “Fascinação”.

 

 

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