O adeus do diamante da bossa nova

Billy Blanco morreu no dia 8 de julho de 2011, vítima de uma parada cardíaca. Cultura Brasil homenageia o músico com dois registros de seus arquivos: um de 1996 e outro de 2007.

Lia Machado Alvim e Pedro Nakano 09/07/11 02:15 - Atualizado em 12/09/13 16:19

Em 2004, o cantor e compositor Billy Blanco participa da caravana do Projeto Pixinguinha, da Funarte. À direita, capa do álbum lançado pelo selo Elenco, de Aloysio de Oliveira, em 1966. (Reprodução)

O cantor e compositor Billy Blanco faleceu na manhã desta sexta-feira (8/7), no Rio de Janeiro, aos 87 anos, vítima de uma parada cardíaca. Ele estava internado no Hospital Pan-Americano, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, desde outubro de 2010 quando sofreu um derrame cerebral.

William Blanco de Abrunhosa Trindade nasceu em Belém do Pará no dia 8 de maio de 1924. Em 1946 se mudou para São Paulo para estudar arquitetura. Já compunha e cantava desde a juventude, atuando em rádios e clubes de Belém. Nos anos 1950, concluiu a graduação em arquitetura no Rio de Janeiro e passou a exercer as duas profissões: a do nanquim e régua T com a dos palcos.

Billy Blanco escreveu cerca de 200 músicas, várias delas em parceria com Tom Jobim, como “Esperança perdida”, “Teresa da praia” e a “Sinfonia do Rio de Janeiro”. Compôs “Samba triste” com Baden Powell e assinou letra e música de “Mocinho bonito”, “Viva meu samba”, “Estatuto da gafieira” e “Lágrima flor”. Suas primeiras composições foram interpretadas por nomes como os de Leda Barbosa, Dolores Duran, Mary Gonçalves, Neusa Maria e Linda Batista.

Em 1996, ao lado de Paulinho Tapajós, participou do programa Estúdio 1200, apresentado por Fausto Canova. Na ocasião, o compositor com 72 anos de idade havia acabado de lançar Billy Blanco informal, álbum da série "O autor e sua obra", gravado ao vivo no Vinicius Piano e Bar, Rio de Janeiro, e lançado pela gravadora CID.

 


Confira também o depoimento cedido pelo músico ao programa A Voz Popular em 2007. Billy Blanco falou de sua prisão com a cantora Nora Ney por causa do samba “João da Silva” – feito por ele e gravado por ela em 1962. 
 

 

O cmais+ é e reúne os canais TV Cultura, UnivespTV, MultiCultura, TV Rá-Tim-Bum! e as rádios Cultura Brasil e Cultura FM.

Visite o cmais+ e navegue por nossos conteúdos.