Uma heroína brasileira: Chiquinha Gonzaga

Ela foi pioneira na música, na política, no direito e no comportamento feminino de sua época

27/02/15 10:52 - Atualizado em 16/04/15 12:07

Chiquinha Gonzaga (Reprodução)

Sem medo de errar, afirmamos que Chiquinha Gonzaga é uma heroína brasileira. Foi pioneira em várias frentes:

- na música, como primeira maestrina do país;
- na política, como republicana e abolicionista assumida;
- no direito, como ferrenha defensora dos autores e fundadora da SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais;
- no comportamento, como mulher independente, dona de si, num tempo no qual o casamento era imposto e a submissão, o destino.

Há 80 anos, em 28 de fevereiro de 1935, Chiquinha Gonzaga falecia em sua cidade natal, o Rio de Janeiro, aos 87 anos. A sua importância como mulher e o valor de sua obra para o país, podem ser medidos pelas seguidas homenagens que Francisca Edwiges Neves Gonzaga recebeu nas últimas décadas. Sua vida e obra viraram peças teatrais, seriados de televisão, discos, livros e até mesmo enredo de Escola de Samba. Isso é muito, levando-se em conta que uma das pechas do nosso Brasil "é não ter memória".

Neste especial realizado para a série Biografiavocê conhece a vida desta brasileira, filha de mãe solteira, que venceu preconceitos pelo talento, dedicação e ousadia. Uma mulher de sucesso num cenário completamente masculino na virada dos séculos XIX e XX, conquistando a todos com sua liderança.

Chiquinha Gonzaga deve ser lembrada sempre como uma desassombrada inimiga das salvaguardas sociais, políticas e musicais do seu tempo. Ela permaneceu desabusada até os últimos dias de sua vida longa, difícil e generosa.” (Aluízio Falcão, produtor musical)

Músicas apresentadas na íntegra:

1. “O Poeta e a maestrina”. Música de Chiquinha Gonzaga. Letra de Joyce. Faixa do álbum “Serenata de Uma Mulher - Olívia Hime canta Chiquinha Gonzaga”. Participação especial de Chico Buarque de Hollanda. Produção de 1998. Lançamento do selo Kuarup.
2. Vânia Carvalho em “A morena”, de Chiquinha Gonzaga e Ernesto de Souza.  Faixa do álbum Evocação 2 - Chiquinha Gonzaga.  Produção do selo Eldorado de 1979.
3. Do CD “Sempre Chiquinha” da gravadora Kuarup, “Querida por todos”, de Callado. Interpretação do pianista Roberto Szidon. Gravação de 1999.
4. “Atraente”, primeira música editada de Chiquinha Gonzaga, com o Quarteto Choronas. Faixa do álbum Atraente. Selo Paulus. Ano 2000.
5. Beto Guedes, de Chiquinha Gonzaga e Francisco Sodré “A côrte na roça”. Faixa da trilha sonora da minissérie “Chiquinha Gonzaga” da Rede Globo.  Lançamento de 1999. Gravadora Som Livre.
6. De Chiquinha Gonzaga, “O abre alas”, com as irmãs Linda e Dircinha Batista.  Gravação de 1971 da RCA para a coleção História da Música Popular Brasileira da Editora Abril.
7. Do musical Forrobodó, “Lua branca”, letra e música de Chiquinha Gonzaga.  Interpretação de Verônica Sabino. Faixa do álbum “Vênus”. Produção do selo MP,B. 1995.
8. “Gaúcho - corta jaca”, uma das músicas mais conhecidas da compositora Chiquinha Gonzaga.  Apresentação do grupo de Abel Ferreira. Faixa do álbum “Brasil, sax e clarineta”, da gravadora Marcus Pereira. 1976.
9. “Falena” com a própria Chiquinha Gonzaga ao piano. Gravação original da casa Édison, provavelmente de 1912.

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