Billie Holiday no espelho
Algumas de suas canções ganharam versões do poeta concretista Augusto de Campos. Com Seu Jorge, Gal Costa, Zizi Possi e outros
No jazz e na música popular, ela deu o que falar. Morta em 1959, Billie Holiday viveu pouco, apenas 44 anos, o suficiente para figurar entre as três maiores cantoras da música americana, ao lado de Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan. Cantou os grandes compositores de sua época e temas próprios como "God bless the child", um desabafo por causa de uma briga por dinheiro que travou com sua mãe.
Diferentemente de Ella e Sarah, Billie Holiday nunca veio ao Brasil, nem deu sequer opinião sobre a música brasileira. Apesar disso, das três, ela foi a que mereceu tradução via versões brasileiras de algumas das canções de seu repertório pessoal.
Tradutor e introdutor de poemas e poetas brilhantes pouco conhecidos, o concretista Augusto de Campos lidou com as dores e os gozos cantados por Lady Day. Augusto é autor de quatro das cinco versões incluídas na presente lista: "Louca me chamam", "Mamãe merece", escrita com Rogério Duarte, e as duas de Duke Ellington cujos títulos originais foram mantidos.
O espelho brasileiro de Billie Holiday é formado por Zizi Possi, Gal Costa em duas faixas do álbum Caras & bocas de 1977, Elza Soares e Caetano Veloso, um ano depois do baiano convidar a sambista para gravar "Língua", e Seu Jorge em faixa do CD Nego composto de versões brasileiras assinadas por Carlos Rennó.
O cmais+ é e reúne os canais TV Cultura, UnivespTV, MultiCultura,
TV Rá-Tim-Bum! e as rádios Cultura Brasil e Cultura FM.
Visite o cmais+ e navegue por nossos conteúdos.