Cazuza – 30 anos

Há exatos 30 anos, Agenor de Miranda Araújo Neto, Cazuza, falecia no Rio de Janeiro, vitimado pela aids. Estava com 32 anos e era um dos principais compositores de sua geração.

Da redação 07/07/20 14:04 - Atualizado em 07/07/20 16:14

Cazuza (Reprodução da internet)

 

Em sua homenagem, a Rádio Cultura Brasil  prepara um Especial com depoimentos de Cazuza de acervo e suas principais gravações, tanto da fase do Barão Vermelho, como de sua  carreira solo. Este programa comemorativo vai ao ar na sexta-feira (10/07), às 17 horas, e domingo (12/07), às 11 da manhã. 

Além desse especial, separamos para os ouvintes mais 3 destaques da emissora que, ao longo das décadas, mantem Cazuza em sua programação como intérprete ou como criador

Cazuza na boca do povo

Uma seleção com músicas que Cazuza compôs mas nunca cantou, como "Tapas na cara", com Ângela Maria, e "Poema", com Ney Matogrosso

 

Cazuza, foi o artista que expôs na música o seu lado mais sensível. O cantor, que morreu dia 7 de julho de 1990, passou por várias fases na vida e na música. Cantou rock and roll e bossa nova, fez releituras de músicas como "Luz negra", de Nelson Cavaquinho, e "O mundo é um moinho", de Cartola, mas foi compondo que Cazuza se destacou.

Trinta anos depois de sua morte, vários artistas da MPB dão novas versões para seus sucessos, como "Codinome beija-flor", regravada por mais de 20 intérpretes diferentes, entre eles Luiz Melodia e Cauby Peixoto. Em sua bagagem, Cazuza leva mais de 200 composições escritas, 34 delas feitas para outros intérpretes. "A cada dia que passa, eu estou me sentindo mais compositor. Fiz uma música para Ângela, e ela gravou. É engraçado isso... Acho que meu trabalho atingiu dos oito aos oitenta. Agora me considero um compositor profissional. É o que me dá prazer, muito mais até do que fazer shows." A Ângela a que Cazuza se refere é Ângela Maria, e a música é "Tapas na cara", uma rumba composta em 1987.

Em 1988, Cazuza compôs "Malandragem", sucesso na voz de Cássia Eller e que teve peso fundamental para impulsionar a carreira da cantora carioca e fã do ex-Barão. Mas essa música foi feita para um ídolo da sua adolescência, Ângela Ro Ro, que guardou-a durante anos mas não chegou a gravá-la. Alguns anos antes, em 1975, Cazuza compôs "Poema", interpretada por Ney Matogrosso em 1998. Esta música foi feita para sua avó materna, Maria. A curiosidade é que ele tinha apenas 17 anos quando a compôs.

Cazuza também teve muitos parceiros: os mais assíduos eram Frejat, Dé e Bebel Gilberto. Com estes dois últimos, Cazuza assinou "Mais feliz", que teve gravação original da própria Bebel, regravada por Leila Pinheiro e Adriana Calcanhotto. Cantores como Joana e Fagner também dividiram composições com Cazuza. Essas você ouve nesta playlist, dedicada às músicas que Cazuza fez, mas nunca cantou.


Ideologia Em destaque o mais importante álbum solo do cantor e compositor Cazuza.
 

O programa DiscoTeca do álbum Ideologia  o terceiro álbum solo de Cazuza, ex-vocalista do Barão Vermelho. Após voltar de uma viagem aos Estados Unidos para tratar dos sintomas decorrentes da Aids, o cantor e compositor carioca convoca Nilo Romero e Ezequiel Neves para produzirem o novo trabalho. Um disco conceitual, feito com urgência, com letras críticas e confessionais e novas propostas de sonoridade, juntando rock, canção e bossa nova. Alguns dos maiores sucessos de sua carreira estão nesse álbum lançado em 1988. Ouça o trabalho na íntegra e comentários de Nilo Romero.

A Voz Popular
Cazuza: amor, política e morte

A edição apresentada por Luiz Antonio Giron conta com Com depoimentos de Frejat, George Israel, dos jornalistas Antonio Carlos Miguel e Arthur Dapiève, e de Lucinha Araújo, edição mostra como um dos ícones do rock nacional interpretava suas próprias canções.

 

 

 

 

 

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