Mistérios da meia-noite

Uma lista de arrepiar formada por vampiros, caveiras, pelo lobisomem e até por Frankenstein, o monstro híbrido de cadáveres.

Vilmar Bittencourt 12/04/12 14:00 - Atualizado em 12/04/12 14:00

Acima, cena do filme Nosferatu, uma sinfonia do horror (1922), de F. W. Murnau, clássico do expressionismo alemão inspirado no livro Drácula, de Bram Stoker. No Brasil, a franquia vampiresca já encarnou no humorista Chico Anísio (Bento Carneiro) e no ator Ney Latorraca (Conde Vlad na novela Vamp, de 1991). (Reprodução )

Uma lista de arrepiar formada por vampiros, caveiras, pelo lobisomem e até por Frankenstein, o monstro híbrido de cadáveres que bate à porta de um assombrado Roberto Carlos. Nela, Mauricio Pereira sorve a língua amarga da misteriosa loura na estrada deserta, enquanto Rita Lee evoca o que há de doce e sensual nos lábios de seu nosferatu e Paulinho da Viola canta um autêntico Nelson Cavaquinho ansioso por um primeiro, último e sinistro beijo gelado da amada.

Preparem-se pois até o malandro Morengueira, envolvido por inusual ingenuidade gerada pela libido, quase cai na sedução de uma silente moradora do cemitério. Mais precavido que o criador do samba-de-breque, Zé Neguinho do Coco treme ao pensar em se embrenhar pela mata escura, apesar de ter em mãos um machado.

Entre corujas e pirilampos, a presente sequência musical focaliza ainda a solidão de dois seres sobrenaturais que fizeram carreira cinematográfica: o lobisomem, embalado em estranha melodia de Djavan, e o vampiro, tema da surpreendentemente cinquentenária canção de Jorge Mautner, em voz e violão de um torturado Caetano Veloso.
 

 

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