Quem são elas?

Cantoras como Gal Costa, Negra Li, Angela Ro Ro e Tati Quebra-Barraco revelam suas identidades por meio da música

Vilmar Bittencourt 05/03/12 00:00 - Atualizado em 07/03/14 21:09

Nascida na Vila Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, Negra Li integrou por três anos o Coral USP e viu seu nome ganhar projeção ao participar do grupo de rap RZO. Fã de Elis Regina, a também compositora e atriz tem dois discos lançados: Guerreiro, guerreira (2004), com Helião, e Negra livre (2006). (Nana Moraes)

Uma lista sem crise de identidade. O que não falta aqui é apresentação em seu primeiro significado, ou seja, ato ou efeito de apresentar-se. Com prazer, como Zezé Motta em seu primeiro LP, de 1978, na canção encomendada a Rita Lee e Roberto de Carvalho. Em terceira pessoa, como fez Ana Cañas em "A Ana" no CD de estreia, ou ainda usando o apelido, como Alcione no samba de breque "Eu sou a Marrom".

Exclusivamente feminina, a presente lista traz também canções que não revelam nomes de protagonista. "Demais", "Agito e uso" e "Sou feia mas tô na moda" são exemplos entre as inominadas, mais próximos do currículo que do cartão de visita. Ao ouví-las, ninguém tem dúvidas do que são capazes Sylvia Telles, Ângela Ro Ro e Tati Quebra-Barraco.

Reveladoras, essas canções são pessoais, intransferíveis e marcam momentos de suas intérpretes. Em "Meu nome é Gal", a baiana tropicalista chega a revelar mais do que diz a composição de Roberto e Erasmo Carlos. Na gravação original de 1969, Gal Costa fala qual é sua idade, onde nasceu, conta quem são eles - seus admirados citados pelos prenomes - e arremata: "se um dia eu tiver alguém com bastante amor pra me dar, não precisa sobrenome, pois é o amor que faz o homem".

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