Transbrega

Seleção com intérpretes do primeiro time da música brasileira que incluíram em seus álbuns canções simplórias com intuitos variados

Vilmar Bittencourt 22/10/12 15:00 - Atualizado em 18/06/14 19:38

Maria Bethânia marca presença nesta playlist com os sucessos "Negue" e "É o amor" (Reprodução)

Desde a Tropicália e sua discussão sobre o bom-gosto, inclusive musical, transitar do chique ao brega é prática reincidente. Elegantes representantes da sigla MPB buscam no repertório cafona expressão que os colegas da chamada música popularesca dominam: a do amor nu e cru. 

Na lista que você vai ouvir, há intérpretes do primeiro time da música brasileira que incluíram em seus álbuns de carreira notáveis canções simplórias com intuitos variados. Eles buscam realçar belezas embaçadas pelos arranjos e interpretações originais; fazem-no para polemizar, ou por puro charme.

Em protesto explícito bradado nos anos setenta, o cantor Agnaldo Timóteo queixou-se do preconceito de quem o considerava brega e não atribuía o mesmo rótulo a Maria Bethânia. Afinal, ambos cantaram "Negue". Tem que explicar?

Repertório:

01. Negue (Enzo de Almeida Passos/Adelino Moreira), por Maria Bethânia 
02. Sonhos (Peninha), por Caetano Veloso
03. Alguém me disse (Evaldo Gouveia/Jair Amorim), por Gal Costa
04. Fica comigo esta noite (Adelino Moreira/Nelson Gonçalves), por Ângela Ro Ro
05. Fico assim sem você (Abdullah/Cacá Moraes), por Adriana Calcanhotto
06. Bola dividida (Luis Ayrão), por Zeca Baleiro
07. Você abusou (Antônio Carlos/Jocafi), por Daniela Mercury
08. Bloco da solidão (Evaldo Gouveia/Jair Amorim), por Thaís Gulin
09. Cante uma canção de amor (Odair José), por Ney Matogrosso
10. É o amor (Zezé Di Camargo), por Maria Bethânia

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